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    Mulheres na ciência é tema de nova exposição em São Paulo

    Entre as personagens da mostra “Mulheres na Ciência”, do Museu Catavento, estão as brasileiras Angela Olinto e Jaqueline de Jesus

    Jaqueline de Jesus, brasileira que coordenou o trabalho de sequenciamento de coronavírus no Brasil, é uma das personagens da mostra
    Jaqueline de Jesus, brasileira que coordenou o trabalho de sequenciamento de coronavírus no Brasil, é uma das personagens da mostra Twitter - acervo próprio

    Bruna Macedoda CNN

    em São Paulo

    Os grandes feitos de algumas das mulheres cientistas mais importantes da história estão retratados na nova exposição do Museu Catavento, em São Paulo. A mostra acontece desde a terça-feira (26) e traz histórias como a da química Marie Curie, pioneira no estado da radioatividade, e de Tiera Fletcher, que atualmente trabalha a serviço da NASA para levar os primeiros humanos a Marte.

    A mostra, chamada “Mulheres na Ciência”, vai contar a história de Curie, Fletcher e mais 10 mulheres de diferentes épocas, que atuaram de maneira decisiva para o desenvolvimento da ciência.

    Também terão seus trabalhos expostos as brasileiras Angela Olinto e Jaqueline Goes de Jesus. Angela é astrofísica e professora, uma das maiores autoridades do mundo em física de astropartículas.

    Jaqueline é biomédica, doutora em patologia humana e pesquisadora. Foi coordenadora da equipe que sequenciou o genoma da segunda geração de coronavírus, o SARS-CoV-2, responsável pela pandemia de Covid-19. A descoberta aconteceu apenas 48 horas após a confirmação do primeiro caso da doença no Brasil.

    A exposição, que vai até 22 de fevereiro, dia Internacional das Mulheres e das Meninas na Ciência, é gratuita às terças-feiras para qualquer visitante. De quarta a domingo, as entradas custam R$ 10 (entrada inteira) e R$ 5 (para estudantes).

    Ciência e mulheres

    No Brasil, as mulheres têm, na média, grau mais alto de escolaridade que os homens, mas ainda são minoria em áreas ligadas às ciências exatas, como engenharia e tecnologia da informação. Também são minoria entre os docentes de universidade, é o que mostra a última pesquisa “Estatísticas de Gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil”, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    O estudo mostra ainda que as mulheres respondem por mais da metade das matrículas em áreas como bem-estar — que inclui o curso de serviço social (88,3%) —, saúde, excluindo medicina, (77,3%), ciências sociais e comportamentais (70,4%) e educação (65,6%), por exemplo.

    Por outro lado, elas representam apenas 13,3% dos alunos de Computação e Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), e 21,6% dos cursos de engenharia e profissões correlatas.

    Os dados também mostram que, em 2019, elas eram 46,8% do total de professores no país, o que mostra pouca evolução nas quase duas últimas décadas: esse mesmo índice era de 43,2% em 2003, segundo o IBGE.