Com o intuito de conhecer qual a percepção dos alunos sobre a universidade que frequentam e coletar informações a respeito de experiências de violências e discriminações vivenciadas no ambiente universitário, o Escritório USP Mulheres realizou a Pesquisa Interações na USP, cujos primeiros resultados foram apresentados em junho de 2018.
Entre dezembro de 2017 e fevereiro de 2018, um questionário online com 120 perguntas foi encaminhado por e-mail aos cerca de 78 mil alunos e alunas de graduação e pós-graduação de todos os cursos da USP, distribuídos nos campi da capital e do interior. O convite para participação voluntária obteve mais de 18 mil acessos, dos quais 13.500 ofereceram respostas (8.500 completas) e passaram a compor a amostra da pesquisa.
Uma contribuição valiosa da pesquisa é a análise interseccional, que entrecruza categorias como gênero, raça, classe social e orientação sexual, permitindo ver as relações entre esses marcadores sociais e como isso se reflete sobre as desigualdades vividas pelos universitários.
Com os resultados espera-se que a comunidade universitária – estudantes, professores(as) e funcionários(as) – possa elaborar coletivamente o reforço às formas de convivência saudáveis e positivas, além do enfrentamento mais efetivo às discriminações e violências presentes nas interações que ocorrem na USP. Espera-se ainda proporcionar os insumos para a elaboração de políticas institucionais mais adequadas ao enfrentamento das diferentes formas negativas de convivência, agora mensuradas.
Equipe e desenvolvimento do estudo
A Pesquisa Interações na USP foi uma realização do Escritório USP Mulheres, sob a direção da Professora Emérita da FFLCH, Eva Alterman Blay, e contou com a coordenação do Prof. Dr. Gustavo Venturi, também do departamento de sociologia da FFLCH.
O desenvolvimento do questionário e análise dos dados foi realizada de forma colaborativa, com o suporte de professoras e pesquisadoras da Rede Não Cala! e de estudantes dos coletivos feministas, negros, LGBT+ e indígenas da USP.
Também fizeram parte da elaboração, análise e divulgação do estudo, a equipe de assessoria do escritório USP Mulheres, que na época era composta pela psicóloga Prislaine Krodi dos Santos, a socióloga Wânia Pasinato, e a estagiária Laiz Parpinelle Alves.
A adaptação do questionário ao formato eletrônico e o tratamento da amostra tiveram a consultoria voluntária do engenheiro e cientista de dados Eduardo Capocchi. A pesquisa contou ainda com o apoio da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e da Superintendência de Tecnologia da Informação (STI).
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