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Mulheres e Homens da USP
Este projeto é o primeiro resultado do Observatório USP Mulheres. Nele, os dados dos anuários estatísticos da USP das últimas duas décadas foram tratados e organizados em infográficos que nos revelam a distribuição populacional da Universidade, desagregada por gênero, nos cursos de graduação, na pós-graduação, nos estágios de pós-doutorado, na docência e nas funções técnico-administrativas.
Por meio dele, podemos visualizar as proporções de mulheres e homens em cada tipo de vínculo mantido com a universidade, e em cada área do conhecimento. Consequentemente, é possível ver as concentrações de um único gênero em determinadas áreas do conhecimento, como ocorre com os homens na área das exatas e com as mulheres nas ciências biológicas. O horizonte temporal amplo também permite observar como a desigualdade de gênero nas áreas e nas carreiras, além de não ser um fenômeno recente, permanece praticamente inalterado nos últimos anos. Por outro lado, este estudo não reúne informações sobre outras variáveis igualmente importantes, como raça/cor, dados sobre parentalidade, nome social, e informações socioeconômicas da comunidade uspiana. À medida que estiverem disponíveis, o projeto pretende incorporá-los, avançando em análises interseccionais.
As visualizações estão desagregadas pelo tipo de vínculo mantido com a USP. Clique sobre cada segmento (nos botões dentro dos gráficos) e combine os dados dos infográficos de acordo com o seu interesse.
Para mais detalhes sobre o método deste levantamento, sobre o conceito de áreas STEM aqui adotado, e para a descrição detalhada dos resultados, consulte a Nota Técnica.
Equipe:
Rodrigo Correia do Amaral (coordenador), Rennan Valeriano Silva Lima, Maria Eduarda Martins Mendes Cordeiro
Contato: pesquisas.uspmulheres@usp.br
Entre os anos 2000 e 2019, a população da USP registrou um crescimento de 37,9%, com uma média de 2% ao ano. Na comparação entre os gêneros, os homens mantiveram-se como maioria, alternando sua presença de 54,3% no ano 2000 para 53,2% em 2019. As mulheres passaram de 45,7% no início da série para 46,8% no último ano observado. O desempenho de cada gênero, em relação ao seu próprio histórico, mostra as mulheres ampliando a sua presença em 41,2% no período, enquanto os homens o fizeram em 35,1%.
Clique em cada um dos botões no gráfico e encontre a informação do seu interesse.
Quando desagregamos a análise pelo tipo de vínculo mantido com a USP, a proporção entre os gêneros na Pós-graduação, no Pós-doutorado e entre os Servidores técnico-administrativos tende a ser mais igualitária. Na Graduação, percebe-se uma maior presença masculina, mas ainda acompanhada de perto pelas mulheres. Na Docência, a desigualdade entre os gêneros é mais acentuada, com predomínio dos homens.
A graduação na USP registrou um crescimento geral de 49%, entre os anos 2000 e 2019. Proporcionalmente, os homens constituem a maioria dos alunos, oscilando de 57% em 2000 para 55% em 2019, ao passo que as mulheres constituem 43% e 45% no mesmo período. Dentro do período analisado, as mulheres apresentaram um crescimento interno da ordem de 57%, enquanto os homens cresceram 42,8%.
Os cursos de graduação em Humanidades registraram um crescimento geral de 44%. Entre 2000 e 2019, mulheres e homens representam proporções idênticas, com discretas oscilações. No início do período analisado, os homens constituíam 50,3% desta população e as mulheres, 49,7%. Em 2019, esta ordem é invertida, passando as mulheres a representar 50,1% e os homens, 49,9%. Esta oscilação ocorre pela diferença no crescimento interno de cada gênero. As mulheres aumentaram a sua população em 45% e os homens em 42%.
Na área das Exatas, que apresentaram um crescimento total de 61%, o cenário é distinto. Em 2000, as mulheres representam 21% do total de estudantes, perante 79% dos homens. Ao longo de quase vinte anos, mesmo tendo as mulheres mais que duplicado a sua população (112%), em 2019 a presença delas nas exatas manteve-se em 28%. No mesmo período, os homens registraram 48% de crescimento interno.
Inversamente, na graduação das Ciências Biológicas predominam as mulheres. Nesta área, que registrou um crescimento total de 44% no período analisado, o corpo discente feminino passou de 58% para 62% entre os anos 2000 e 2019. No ano 2000, os homens representavam 42% do corpo discente nesta área, mas ao longo dos anos diminuíram a sua presença relativa, chegando a 38% em 2019. As mulheres registraram maior crescimento interno da sua população (54%) em comparação com os homens (30%).
A graduação nas áreas STEM registrou um crescimento geral de 68%. Nos anos 2000, a relação entre homens e mulheres nas quatro áreas STEM era de uma mulher para cada três homens (3,6 mil alunas x 10 mil alunos). Em 2019, essa relação passou para uma mulher a cada dois homens (7,9 mil alunas x 15,3 mil alunos). Internamente, as graduandas ampliaram em 129% a sua presença nas STEM, passando de 3.599 no ano 2000, para 7.941 em 2019, enquanto os graduandos registraram aumento de 50%.
A graduação nas Ciências Físicas registrou crescimento de 23% no período analisado. Proporcionalmente, os homens constituem a maioria, registrando 73% nos anos 2000, e 69% em 2019. As mulheres representavam 27% nos anos 2000, e aumentaram sua representação para 31% em 2019. Mesmo com um crescimento interno de 39,6% no período, contra um crescimento de 17% entre os homens, as mulheres ainda representam menos de um terço da graduação nesta área.
As Ciências da Vida registraram um crescimento de 80% no período. As mulheres, que em 2000 representavam 41% do conjunto de estudantes da graduação, passaram a 51% em 2019. A representação masculina declinou de 59% para 49%. Enquanto o contingente de homens nessa área cresceu 49% em relação à sua população no ano 2000, o de mulheres cresceu 126%, tornando-se maioria a partir de 2005.
Na população de graduação das Ciências da Computação vê-se um contingente masculino altamente consolidado. A área que, entre 2000 e 2019, registrou 197% de crescimento absoluto, teve sua desigualdade na distribuição de gênero ainda mais acentuada. Se a proporção de mulheres era de 20% em 2000, as mesmas passaram a representar 16% do total de alunos em 2019, enquanto a representação masculina cresceu de 80% para 84% no mesmo período.
Em Engenharia e Tecnologia, houve um crescimento geral de 85% da população de graduação nesta área. A disparidade entre homens e mulheres esboçou uma diminuição, passando no ano 2000 de 87% e 13%, respectivamente, para 76% e 24% em 2019. O crescimento de 241% da população feminina contribuiu para esta movimentação. Essas passaram de 715 alunas, no ano 2000, para 2.463 em 2019. Por sua vez, os alunos passaram de 4.751 para 7.694, com um crescimento de 62%.
O conjunto da pós-graduação registrou um crescimento de 35% entre 2000 e 2019. A distribuição entre homens e mulheres manteve-se igualitária, com 50% cada, tendo os homens aumentado a sua participação a partir de 2010. Com relação ao seu próprio histórico, as mulheres apresentaram, entre 2000 e 2019, um crescimento de 36,9% contra 32% dos homens.
A pós-graduação em Humanidades registrou um crescimento geral de 48%. As mulheres constituem a maioria, representando 55% dos estudantes de pós no ano 2000, e 51% em 2019. Os homens representaram 45% e 49% dessa população nos mesmos anos. As mulheres registraram crescimento interno de 39%, contra 59% dos homens.
Na área das Exatas, que apresentam um crescimento total de 23%, as mulheres constituíam 34% dos estudantes no ano 2000, oscilando positivamente para 35% em 2019. Por sua vez, os homens representavam 66% no início da série, e oscilaram para 65% no último ano analisado. O crescimento interno de ambas as populações e similar, tendo os homens ampliado seu contingente em 22% e as mulheres em 25%.
Na pós-graduação das Ciências Biológicas, assim como na graduação, predominam as mulheres. Esta área registrou um crescimento total de 31% entre os anos 2000 e 2019. Neste período, as pós-graduandas oscilaram positivamente de 62% para 65%, e os pós-graduandos declinaram de 38% para 35%. As mulheres registraram maior crescimento interno da sua população (37%) em comparação com os homens (21%).
A pós-graduação nas áreas STEM registrou crescimento total de 29% no período analisado. Em 2000, as mulheres representavam 37% dessa população, perante 62,5% dos homens, e passaram a representar 40,7% contra 59% dos homens, em 2019. A população feminina no total das áreas STEM cresceu 41% no período, contra 23% da população masculina.
A população da pós-graduação nas Ciências Físicas registrou um crescimento absoluto de 22%. A distribuição entre homens e mulheres em 2000 era de 65% e 35%, respectivamente, e manteve-se praticamente inalterada nas quase duas décadas observadas, registrando 66% e 34% em 2019. O crescimento interno das mulheres foi de 17%, e dos homens 25%.
Nas Ciências da Vida houve um crescimento total de 43%. A distribuição entre mulheres e homens no ano 2000 era de 47% e 53%, respectivamente, e alternou-se para 42% e 59%, em 2019. O crescimento da população feminina nesta área foi de 56%, contra 28% dos homens.
A pós-graduação nas Ciências da Computação registrou um crescimento total de 143%. A distribuição entre homens e mulheres passou de 58% e 42%, respectivamente, em 2000, para 76% e 24% em 2019. Enquanto essas aumentaram em 39% a sua população, os homens registraram um aumento de 218% no mesmo período.
A população da pós na área de Engenharia e Tecnologia registrou um crescimento total de 16%. A distribuição entre homens e mulheres alternou de 73% e 29% em 2000, respectivamente, para 68% e 32% em 2019. O crescimento interno de cada gênero registrou 37% para as mulheres e 8% para os homens.
O crescimento geral da população de pós-doutorado foi de 31%. Proporcionalmente, as mulheres são a maioria, registrando 52% no ano 2013 e 51% em 2019, enquanto os homens registram 48% e 49% no mesmo período. Por outro lado, os homens registram o maior crescimento de sua população (35%) em comparação com as mulheres (27%).
O pós-doutorado nas Humanidades registrou um crescimento de 42% entre 2013 e 2019. Neste período, as mulheres apresentaram um crescimento menor, em comparação com os homens. Em 2013, elas representavam 53% deste grupo, mas foram superadas a partir de 2015, decrescendo, em 2019, para 49%, enquanto os homens representavam 47% e depois 51%. Entre si, as mulheres ampliaram em 31% o seu total na área, contra 53% registrado pelos homens.
A área de Exatas apresentou um crescimento total de 31% entre 2013 e 2019. No entanto, a diferença entre homens e mulheres manteve-se elevada e inalterada, com esses representando 61% dos pós-docs, e as mulheres constituindo 39%. Entre 2013 e 2019, a presença masculina cresceu a uma taxa média de 10% a.a., contra 7% a.a. da presença feminina, tendo cada grupo registrado um crescimento interno de 31%.
Invertendo o predomínio, as mulheres são a maioria das pós-docs nas Ciências Biológicas, área que registrou crescimento total de 24% entre 2013 e 2019. Em todos os anos, elas representaram 62% deste grupo, sendo os homens limitados a 36%. Internamente, os homens ampliaram em 26% a sua população total em relação ao início da série, e as mulheres 24%.
O pós-doutorado nas áreas STEM registrou um crescimento populacional de 25%, no período observado. Em 2013 os homens já constituíam a maioria deste grupo (55%) e em 2019 a diferença desses com relação às mulheres ampliou-se (56% a 44%, respectivamente). Internamente, as pós-doutorandas ampliaram em 22% a sua presença, e os homens o fizeram em 28%.
O pós-doutorado nas Ciências da Computação registrou um crescimento de 20% entre 2013 e 2019. No início da série, as mulheres apresentavam uma baixa representatividade neste segmento (31%) e, em 2019, esta proporção diminui ainda mais (29%). Crescendo de 69%, em 2013, para 71% em 2019, os homens mantém-se dominantes nesta área. Entre si, as mulheres ampliaram em 15% a sua população total, contra 22% registrado pelos homens.
O pós-doutorado na área das Ciências Físicas apresentou um crescimento total de 21% entre 2013 e 2019. A diferença entre homens e mulheres é elevada. Em 2013, esses representavam 65% dos pós-docs, e as mulheres 35%. Em 2019, essa diferença cede um pouco, passando homens e mulheres a representarem 62% e 38%, respectivamente. Essa oscilação se deve ao crescimento interno de 31% entre as mulheres, contra apenas 16% dos homens no período observado.
A área de Engenharia e Tecnologia registrou um crescimento de 49% no período analisado, mas, assim como as áreas já comentadas, registra uma grande disparidade entre homens e mulheres. Em 2013, esses constituíam 61% do total e, em 2019, ampliaram sua proporção para 64%. No mesmo período, as mulheres declinaram de 39% para 36%.
Na direção inversa às demais áreas, o pós-doutorado nas Ciências da Vida registrou um crescimento total de 18% entre 2013 e 2019, mas com o predomínio das mulheres. Em 2013 elas representavam 60% do total, e em 2019 oscilaram negativamente para 57%. Os homens ampliaram sua presença em três pontos percentuais (de 40%, em 2013, para 43%, 2019), apresentando um crescimento interno de 27%, contra 12% das mulheres.
A população de docentes na USP registrou crescimento total de 15%. Se os vínculos discentes (graduação e pós-graduação) e de pós-doutorado tendem a ser mais equilibrados na distribuição entre os gêneros, o mesmo não se verifica na docência. Em termos proporcionais, as mulheres nunca diminuíram a sua defasagem em relação aos homens. Em 2000, elas representavam 32,9% do corpo docente e, quase duas décadas depois, oscilaram positivamente para 37%. Os homens, predominantes, correspondiam a 67% no início da série, mas diminuem para 62,9% em 2019. Por outro lado, o desempenho de cada gênero com relação ao próprio histórico apresenta um maior crescimento das mulheres (29%), contra apenas 7,5% por parte dos homens. Este baixo crescimento total dos homens diz respeito à retração que esses sofreram a partir de 2015.
Neste período, somente 30,6% das mulheres docentes progrediram para a posição de professoras titulares, ao passo que os homens concentraram 69,4% das promoções ao topo da carreira universitária.
Na docência, os homens continuam mais concentrados nas Exatas, área que apresentou crescimento geral de 1% no período analisado. Em que pese o crescimento negativo de 3% na quantidade de professores homens, eles oscilaram de 81% para 77% sobre o total, enquanto as mulheres oscilaram de 19% para 23% no mesmo período. O crescimento interno entre as mulheres de 21% e a retração dos homens já mencionada contribuíram para atenuar esta desigualdade entre os gêneros que, no entanto, permanece elevada em favor dos homens.
A docência na área das Humanidades apresentou um crescimento geral de 39%, entre 2000 e 2019. Os homens também são a maioria nesta área, oscilando a sua presença de 62%, no ano 2000, para 60%, em 2019. As mulheres oscilaram positivamente de 38% para 40% no mesmo período. Tal resultado se deveu ao crescimento interno das docentes mulheres dentro do período analisado, na ordem de 47%. O crescimento interno entre os homens foi menor, de 35%.
A docência nas Ciências Biológicas registrou um crescimento total de 9%. Nesta área em que as mulheres são maioria entre as alunas de graduação e pós-graduação, elas figuram em minoria entre os docentes, ainda que em menor intensidade. Em 2000, as mulheres constituíam 42% do corpo docente das biológicas, e em 2019 elas tornaram-se 47%. Os homens, no mesmo período, oscilaram de 58% para 53%. O crescimento interno de cada grupo é baixo, mas ainda assim as mulheres registraram um aumento de 21% no período analisado, contra apenas 1% por parte dos homens, sinalizando uma estagnação entre esses.
Agregadas, as áreas STEM apresentaram um crescimento dos seus corpos docentes de apenas 1%, entre os anos de 2000 e 2019. Os homens representavam 72% da docência no ano 2000, e mantiveram-se em 73% dezenove anos depois. As mulheres, representando somente 28% em 2000, retrocederam um ponto percentual, em 2019, para 27%. Este desempenho se deve à retração de 3% na quantidade de mulheres docentes, contra o aumento de 3% entre os homens. A análise de cada área em separado permite identificar os segmentos de maior concentração.
A área mais desigual é a de Engenharia e Tecnologia, que registrou crescimento geral nulo entre 2000 e 2019. Nela, os homens representavam 91% do corpo docente em 2000, e oscilou negativamente para 83%, em 2019. As mulheres migraram de 9% para 17% no mesmo período. Ainda que em grande desvantagem, as mulheres registraram 89% de crescimento interno, passando de 63 docentes, em 2000, para 119, em 2019. Por outro lado, a aproximação entre os gêneros também se deve à retração de 9% no total de professores homens. Em 2000, esses eram 644, e em 2019, 587.
A área de Ciências da Vida registrou um crescimento total de 22% no período observado, mas conservando uma distribuição desigual entre docentes homens e mulheres. Em 2000, esses representavam 73% dos docentes da área, contra somente 27% de docentes mulheres. Em 2019, esses ainda representaram a maioria (64%), mas acompanhados de um aumento na proporção feminina (36%). Assim como em Engenharia e Tecnologia, as mulheres nas Ciências da Vida apresentaram um maior crescimento interno do que os homens. As mulheres cresceram 61%, passando de 198 para 318 docentes, enquanto os homens aumentaram somente 8% entre si, passando de 527 para 567.
O mesmo padrão é observável nas Ciências Físicas. Com a variação na quantidade de docentes entre 2000 e 2019 estagnada em 1%, a proporção de homens na docência oscilou positivamente de 72% para 73%. O declínio das mulheres de 28% para 27% se deveu à retração de 3% entre elas, que diminuíram de 194 professoras, em 2000, para 188, em 2019, acompanhado de um crescimento de 3% por parte dos docentes homens.
As Ciências da Computação reproduzem a dinâmica das demais áreas STEM, com a diferença que os cursos nela agregados apresentaram um crescimento total de 71% na quantidade de docentes, dentro do período observado. Em 2000, os homens já representavam 63% dos docentes, contra 38% das mulheres, e em 2019 esses ampliaram a sua proporção para 69%, contra 31% das mulheres. O aumento da desigualdade se deu na medida em que os docentes homens registraram um crescimento de 89% na sua população, contra um aumento de 41% entre as mulheres.
Neste período, somente 18% das mulheres docentes nas áreas STEM progrediram para a posição de professoras titulares, ao passo que os homens concentraram 82% das promoções ao topo da carreira universitária.
No segmento dos servidores técnico-administrativos observou-se três movimentos: um crescimento moderado entre 2000 e 2009 (8%), uma ampliação acentuada entre 2009 e 2013 no corpo de servidores (14%), e uma retração de 23% do quadro geral, entre 2013 e 2019. Com isso, os servidores técnico-administrativos da USP apresentaram uma retração de 6% em todo o período observado.
As mulheres, que representavam 50,4% do corpo de servidores não-docentes em 2000, deixaram de ser a maioria absoluta em 2003, e chegaram em 2019 representando 47% do conjunto. Com isso, elas invertem a posição com os homens, que em 2000 representavam 49% do quadro de servidores e em 2019 tornam-se 52,9% do total. Com relação ao crescimento interno de cada gênero entre 2000 e 2019, as mulheres apresentaram uma variação negativa de 12,3%, enquanto os homens apresentaram um aumento discreto de 1%.
Nas Humanidades houve um crescimento geral de 13% na quantidade de servidores. Entretanto, as mulheres registraram declínio, oscilando de uma proporção de 55% em 2000, para 47%, em 2019, ao passo que os homens aumentaram sua presença de 45% para 53% no mesmo período. As mulheres das humanidades apresentaram desempenho interno negativo de 3%, passando de 942, em 2000, para 918, em 2019. Por outro lado, os homens registraram um crescimento interno de 32% no período, oscilando positivamente de 781 para 1.029 servidores.
Nas Exatas ocorreu uma retração de 7%. As mulheres, que em 2000 representavam 40% da mão-de-obra, reduziram a sua participação para 38% em 2019, ao passo que os homens aumentaram a sua proporção de 60% para 62% no mesmo período. Ainda assim, ambos os gêneros apresentaram desempenho negativo com relação ao tamanho de cada um em 2000. As mulheres oscilaram negativamente em 12%, decrescendo de 1.178 para 1.035 servidoras, e os homens registraram retração de 4%, diminuindo de 1.749 servidores em 2000, para 1.685, em 2019.
Nas Ciências Biológicas ocorreu igualmente uma diminuição de 7% dos servidores nesta área. As mulheres são a maioria desta população, mas apresentaram diminuição na sua proporção em relação aos homens, de 60% no ano 2000, para 56%, em 2019. Os homens oscilaram positivamente de 40% para 44% no mesmo período. Esta aproximação entre os gêneros se deveu à retração de 13% sofrida pelas mulheres dentro do período analisado, diminuindo de 1.924 servidoras para 1.668, e ao discreto crescimento de 3% entre os homens, que passaram de 1.260 para 1.299 entre 2000 e 2019.
Nas áreas STEM ocorreu uma retração geral de 5% no quadro de servidores técnico-administrativos, entre os anos 2000 e 2019. As mulheres, que representavam 45% do total em 2000, diminuíram para 42%, ao passo que os homens ampliaram a sua participação proporcional de 55% para 58%. A população feminina sofreu uma retração de 10% no período analisado, diminuindo de 1.749 servidoras para 1.580. Os homens registraram estagnação, oscilando de 2.162 servidores neste período para 2.155.
Na área das Ciências Físicas, houve uma redução de 10,3% dos servidores técnico-administrativos. Na proporção entre os gêneros, a participação masculina aumentou de 58%, em 2000, para 61%, em 2019, ao passo que a representação das mulheres diminuiu de 42,4% para 39,1% no mesmo período. Internamente, as mulheres diminuíram 17,1% e os homens de 5,2%.
Nas Ciências da Vida, ocorreu uma redução de 2,2%. As mulheres constituem a maioria da mão-de-obra, mas oscilaram negativamente de 51% para 48%. Os homens estão em minoria, mas oscilaram positivamente de 49% para 52%, dentro do período analisado. Internamente, as mulheres registraram uma retração de 8%, enquanto os homens registraram crescimento interno de 4%.
Nas Ciências da Computação houve um crescimento geral de 84,2% dos servidores técnico-administrativos. Essa é a única subárea que apresentou uma variação geral positiva, tanto em termos gerais, quanto para ambos os gêneros. É possível observar uma alternância entre os gêneros predominantes, mas, a partir de 2010, os homens tornam-se a maioria. Em 2019, eles registram 59%, contra 41% da participação feminina. Apesar do aumento na quantidade de servidoras se situar em 54%, os servidores mais que duplicaram a sua presença nesta área (114%).
Por fim, na área de Engenharia e Tecnologia houve uma redução geral de 5,2% dos servidores técnico-administrativos. Entre os gêneros, os homens constituíam a maioria em 2000 (62%) e assim mantém-se em 2019 (63%), enquanto as mulheres oscilaram negativamente de 38% para 37%. Internamente, as mulheres sofreram uma redução de 7,2%, e os homens uma diminuição de 4,1%.
Nos Hospitais e serviços anexos houve uma retração de 13% nessa mão-de-obra. Entre os gêneros, as mulheres ainda se mantém em maior proporção comparativamente aos homens, oscilando de 70% no ano 2000, para 66% em 2019. Internamente, as mulheres sofreram uma redução de 17%, diminuindo de 1.571 para 1.298 servidoras, e os homens diminuíram 2%, recuando de 682 para 668 servidores.
Os Museus registraram uma retração de 7% no total de servidores. A proporção entre mulheres e homens é relativamente estável e equitativa. A população feminina constituía 51% dessa mão-de-obra em 2000, e, em 2019, constitui 52%. Os homens representaram 49% e 48% no mesmo período. No entanto, eles são o grupo que sofreu a maior retração no período observado, de 10%, contra 4% das mulheres.
Nos Órgãos centrais (direção e serviço) houve uma redução geral de 8% dos servidores técnico-administrativos, Entre os gêneros, os homens constituíam a maioria em 2000 (63%) e oscilaram positivamente em 2019 (65%), enquanto as mulheres oscilaram negativamente de 37% para 35%. Internamente, as mulheres diminuíram sua participação em 13%, e os homens em 5%.