Projetos da USP incentivam a participação de mulheres e meninas na ciência

Escritório USP Mulheres reúne iniciativas das unidades para a equidade de gênero nas áreas científicas

Por Elaine Castilho e Luana Siqueira

No dia 11 de fevereiro, comemora-se o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. Instituída pela Assembleia das Nações Unidas em 2015, a data busca dar visibilidade à contribuição das mulheres nas áreas de produção científica e tecnológica. 

As mulheres representam menos de 30% dos pesquisadores no mundo todo, de acordo com dados da ONU e da Unesco. Essa disparidade indica que ainda imperam dificuldades para a presença e a permanência de mulheres e meninas nas ciências, sobretudo nas áreas STEM (sigla em inglês para ciência, tecnologia, engenharia e matemática).

Para enfrentar esse problema mundial, iniciativas e projetos da Universidade de São Paulo foram criados por docentes, estudantes, pesquisadoras e pesquisadores visando estimular que meninas e mulheres conheçam, se interessem e, posteriormente, permaneçam e avancem nas áreas nas quais ainda persiste a desigualdade entre homens e mulheres. O Escritório USP Mulheres reuniu em sua página a relação desses projetos para a equidade de gênero na USP

Na lista, destacam-se projetos destinados a incentivar meninas dos ensinos fundamental e médio a seguir carreiras nas áreas STEM como o Vai ter menina na Ciência, organizado pelas professoras Rosana Retsos Signorelli Vargas, Kathia M. Honório e Rosely Imbernon, todas da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH-USP), o Mergulho na Ciência, organizado pela professora Camila Negrão Signori, do Instituto Oceanográfico (IO-USP), e o GaRotAs em Computação e Empreendedorismo (GRACE), cujos responsáveis são a professora Sarajane Marques Peres e o professor Marcelo Medeiros Eler, também da EACH.

Com o intuito de disseminar informações e ações voltadas à inclusão das mulheres nas carreiras das ciências, tecnologias, engenharias e matemática, a Escola Politécnica mantém uma página na qual é possível conhecer a trajetória de algumas professoras da Poli, conhecer seus desafios e saber como elas se mantém em suas carreiras.

Já o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) realiza, desde 2018, um evento chamado Technovation Summer School for Girls, destinado a garotas com idade entre 10 e 18 anos. Na série de encontros, organizada pela professora da unidade Kalinka Castelo Branco, as participantes podem visitar os laboratórios e aprender sobre computação e empreendedorismo, com o objetivo de identificar um problema, desenvolver aplicativos para resolvê-los e oferecê-los no mercado. 

O Instituto de Matemática e Estatística (IME) também possui um projeto voltado para softwares e programação. O Meninas Digitais tem por objetivo apresentar o mundo da computação para as mulheres e meninas. Como a participação feminina na indústria crescente dos softwares ainda é muito baixa, a intenção do grupo é atingir o número de 1000 garotas do ensino médio e mudar essa realidade na cidade de São Paulo. 

Também há projetos que, apesar de não serem apenas voltados apenas para meninas, como o do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), Meu Eu do Futuro, e o do Instituto de Física de São Paulo (IF), Arte e Ciência no Parque, ajudam estudantes a pensarem suas vocações e carreiras em cooperação uns com os outros para a construção de um mundo cada vez mais igualitário.

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