HeForShe Summit – 27 de maio de 2021, das 11h às 13h (BRT)

Na próxima quinta-feira, dia 27 de maio de 2021, das 11 às 13 horas (BRT), será lançada a maior coleção global de soluções para a promoção da igualdade de gênero.

Nos últimos cinco anos, um grupo de líderes mundiais composto por Chefes de Estado, CEOs de empresas globais e Reitores de renomadas universidades têm trabalhado no enfrentamento de uma das maiores questões sociais: a desigualdade de gênero. Conhecidos como HeForShe Champions, eles agora compartilham sua coleção de soluções para a igualdade de gênero em um evento denominado HeForShe Summit. Na América Latina, a Universidade de São Paulo é a única universidade a compor esse grupo, sendo o Reitor Vahan Agopyan um dos Champions do programa. 

Com a pandemia global exacerbando as desigualdades na saúde, no acesso e nas oportunidades, esses líderes da indústria e de políticas compartilham ações tangíveis que podem tornar o mundo mais igualitário. Nesse ano, o HeForShe Summit será parte do evento global ChangeNOW Summit, envolvendo 500 palestrantes, 120 países e atraindo grande audiência mundial, e onde serão apresentadas mais de 1000 soluções para os maiores desafios do nosso século. 

Junte-se a eles e às celebridades convidadas para celebrar essa jornada e se preparar para o próximo nível do HeForShe como parte da Geração Igualdade. 

As inscrições estão abertas e podem ser feitas gratuitamente no site do evento. Escolhendo o “Discovery Pass” é possível ter acesso ao HeForShe Summit e a outros eventos da conferência: https://www.changenow.world/tickets2021/

Além dos Champions, o HeForShe Summit contará com a participação da subsecretária-geral das Nações Unidas e diretora executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, e outros convidados que abordarão temas como: a eliminação da desigualdade salarial; a aceleração das mulheres em cargos de liderança; o papel dos homens; a construção de sociedades mais igualitárias; o fim da violência de gênero; a criação de novas normas culturais e o engajamento de novas lideranças. 


A programação completa pode ser conferida na página oficial do evento:

https://www.heforshe.org/en/summit


“A mudança de cenário na Universidade de São Paulo para a eliminação da violência de gênero e o empoderamento das mulheres e meninas para alcançar a igualdade de gênero é um caminho sem volta. Nós temos a responsabilidade de engajar homens e meninos na transformação de valores culturais, práticas e ações de enfrentamento à discriminação baseada no gênero e os estereótipos na educação para promover um ambiente mais inclusivo, justo, sustentável e igualitário para todos. Nós permanecemos comprometidos com esse desafio e iremos além, reforçando nossas iniciativas, ultrapassando os obstáculos que ainda existem para garantir educação, participação significativa e voz para as mulheres e meninas em um ambiente acadêmico livre de violência de gênero.” 

Professor Vahan Agopyan – foto de Marcos Santos / USP Imagens

Professora Maria Arminda do Nascimento: foto de Francisco Emolo / USP Imagens

“Promover a igualdade de gênero é o compromisso maior da Universidade de São Paulo com os direitos humanos, a justiça social e os superiores princípios civilizacionais.”


A USP e o projeto IMPACTO 10X10X10

Em 2015, a USP foi uma das dez universidades escolhidas mundialmente para fazer parte do projeto IMPACTO 10X10X10 do movimento #ElesPorElas (#HeForShe, em inglês) da ONU Mulheres, sendo a única da América Latina. O projeto convocou dez presidentes de empresas, dez chefes de governo e dez reitores de universidades para desenvolver iniciativas e advogar pela igualdade de gênero. 

O Escritório USP Mulheres foi estruturado em 2016, vinculado diretamente ao Gabinete da Reitoria, com o objetivo de propor e coordenar ações entre a administração central e a comunidade universitária, reconhecendo a relevância institucional desse tema.

Desde então, o Escritório USP Mulheres passou a abordar de diferentes perspectivas a violência de gênero contra as mulheres, um dos compromissos assumidos pela Universidade de São Paulo com a ONU Mulheres nessa iniciativa. Em 2020, apesar dos desafios do contexto brasileiro, o Escritório USP Mulheres reorganizou suas ações para responder à pandemia com uma perspectiva de gênero.

A área de orientações e programas realizou campanhas educativas, materiais de orientação, recepção aos ingressantes, debates, seminários e participação na mídia que sensibilizaram os gestores, a comunidade e deram visibilidade à temática da violência de gênero presente também nas universidades brasileiras. O mapeamento das áreas vulneráveis no campus Butantã e a colaboração com o aplicativo Campus USP para o registro de ocorrências de violência contra as mulheres, realizados em parceria com a Superintendência de Prevenção e Proteção Universitária da USP, contribuíram para a diminuição do assédio sexual nos campi. 

Em 2020, no contexto da pandemia de Covid-19, serviços de orientação e assistência para mulheres em situação de violência de gênero foram mapeados com informações atualizadas de funcionamento e um protocolo de atendimento foi estabelecido junto à Superintendência de Assistência Social.

Nesse período também foi realizado o 1º. Encontro de Pós-Graduação da USP – Elas fazem ciência, em parceria com a Pró-Reitoria de Pós-Graduação

A área de estudos e pesquisas produziu novos conhecimentos sobre violência e desigualdade de gênero na USP. A pesquisa Interações na USP, realizada em 2017, mensurou a percepção dos estudantes de comportamentos discriminatórios e ocorrências de violência. Em 2019, a coleta de dados internos sobre os pedidos de licença parental ajudou a diagnosticar vulnerabilidades econômicas. Com base neste estudo, foi criado um programa para alunas de pós-graduação e professoras. Em 2020, foi lançada a pesquisa Impactos da Covid-19 entre as mulheres e os homens da USP, que observa o aumento ou diminuição da violência doméstica entre alunos, professores e técnicos, entre outros questionamentos. Os dados foram coletados de uma amostra de 840 respondentes e estão em fase final de análise.

A área de comunicação abriu conversas com o público, criando perguntas frequentes e outros conteúdos de mídia social e tradicional e apoiando as campanhas educacionais. Durante a pandemia, a equipe também produziu eventos e campanhas destacando os tipos de violência doméstica, inclusive em moradias estudantis, e a tendência de divisão desigual das tarefas domésticas entre mulheres e homens.

A área de relações institucionais tem como foco inicial gerar oportunidades para que doutoras negras avancem na carreira científica. Após o I Encontro USP Mulheres Negras Latino-Americanas e Caribenhas, realizado em julho de 2020, o Escritório USP Mulheres constituiu um grupo de trabalho para discutir as ideias apresentadas no evento, como o incentivo a projetos de pós-doutorado dedicados às pesquisadoras negras.

A Universidade de São Paulo está ciente de que essas são faces mais tangíveis da violência de gênero e entende seu desafio de seguir avançando para o fim de formas menos visíveis que se combinam com outras desigualdades. Esse fenômeno social – que pode ser denominado sexismo estrutural – continua sendo um desafio permanente a ser enfrentado pela mudança de toda uma cultura em nossa Universidade e na sociedade brasileira.


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